Fernando Haddad, ministro da Fazenda, negou que as queimadas e a alta dos juros afastem investimentos estrangeiros do país. Haddad se manifestou sobre o cenário fiscal brasileiro e apontou que o investimento estrangeiros tem foco no longo prazo. O posicionamento foi dado a jornalistas neste domingo (22) em Nova York, onde o ministro participa de eventos da Semana do Clima.
“O estrangeiro vê de outra forma o Brasil, a médio e longo prazo”, disse Haddad. Em complemento, o ministro comentou que participa de reuniões e ouve de estrangeiros propostas com foco em uma agenda que contrapõe o curto prazo.
“Acredito que não (afasta investimentos). Só o capital especulativo, mas o capital que vai investir no Brasil por 15, 20 ou 30 anos não é afetado por esse tipo de ocorrência. Mas independente de qualquer coisa temos que cuidar deste cenário”.
O ministro acredita que a cooperação entre os estados seja a melhor solução para o combate às queimadas. Haddad citou o caso das enchentes no Rio Grande do Sul como exemplo à batalha enfrentada contra mais um episódio climático.
“A tragédia no Rio Grande do Sul foi superada com dedicação do governo federal, com apoio dos estados e municípios. Temos que ter o mesmo apoio dos governadores dos estados afetados. Temos que trabalhar em parceria”, afirmou.
Haddad está em Nova York para apresentar projetos a investidores. Com o objetivo de conseguir fundos para a proteção de florestas tropicais, o ministro vai apresentar o Tropical Forest Facility Fund (Fundo de Apoio às Florestas Tropicais).