Ter uma alimentação balanceada na primeira infância minimiza a propensão a uma vasta lista de problemas de saúde — incluindo as chamadas doenças inflamatórias intestinais (DII), que sabotam a qualidade de vida especialmente de adultos jovens. É o que mostra um estudo escandinavo que analisou o menu do primeiro ano de vida de mais de 81 mil pessoas, acompanhando-as por até duas décadas.
A análise associou dietas de alta qualidade — ou seja, ricas em peixes, verduras e frutas, e pobres em carnes e açúcar — a um risco 25% menor de desenvolver quadros como retocolite ulcerativa e doença de Crohn.
O consumo de bebidas adocicadas, por outro lado, foi ligado a um perigo 42% maior de ter as condições. “A recomendação é evitar açúcar pelo menos até os 2 anos”, orienta a nutricionista Maria Eugência Deutrich, do Instituto Brasileiro de Nutrição Materno-Infantil (IBNMI).
+ Leia também: O novo guia da introdução alimentar de bebês
Pane visceral
Um em cada dez pacientes com doenças intestinais inflamatórias é criança ou adolescente. Saiba como elas podem ser classificadas e como se manifestam.
Retocolite ulcerativa
Doença de Crohn
Por toda a estrada
Afeta principalmente o intestino delgado, mas atinge qualquer parte do aparelho digestivo.
Dores notáveis
Marcada por diarreia com dor abdominal. Também pode causar atraso no crescimento infantil.
Chuva de opções
As terapias são semelhantes. Casos graves exigem cirurgia. Controle da dieta é importante.
+ Leia também: Para comer saudável, tenho que preparar minha comida em casa?
Colite não classificada
Diferentes vias
Cerca de 10% dos casos de doenças intestinais inflamatórias são indistinguíveis.
Sinais mistos
Podem incluir dores na barriga, fezes com sangue e períodos de constipação e diarreia alternados.
Adaptações
Não há um protocolo definido. O tratamento pode ser feito conforme os sintomas presentes.