Abel Ferreira gosta de um “sal e pimenta” quando o assunto é o tempero de provocações — respeitosas — no futebol brasileiro. Até por isso ele elogiou a resposta que a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, deu a Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, durante a semana. E também usou sua dose de ironia para reforçar comparações já feitas sobre a disparidade financeira entre os dois clubes.
“Eu gosto das mulheres porque elas são muito diretas. Eu sou o que sou hoje porque minha esposa é quem é. Senão, não seria o que sou hoje. Eu, para ser sincero, gostei da resposta da Leila, porque são fatos. Mas é fato que ainda não consegui ganhar do Flamengo aqui em casa, no sintético. No campo natural, já ganhei e já perdi. Mas para vocês é bom ter essa pimenta, esse sal, sem faltar com o respeito. Os dois presidentes se respeitam, os clubes se respeitam. Ninguém me leve a mal, mas acho que é bom uma pimenta, um sal. E vocês têm essa capacidade. Acho que faz bem. Não faltou respeito. Foi um cruzamento com contrapeso e medida. Os nossos centroavantes fizeram um gol nesse comentário da nossa presidente. São fatos”, disse Abel.
No comentário sobre De La Cruz, a ironia. “O nosso adversário fecha bem o jogo por dentro. Joga com três meias por dentro. Ainda meteu um quarto. Que é o… aquele jogador que custou… Vocês devem pensar que eu não sei o nome dele. Custou quanto? (US$ 16 milhões, equivalente a R$ 78 milhões). Na última coletiva eu fiz um comentário, mas ninguém percebeu o que eu disse. Fizeram questão de responder a essa pergunta. O Flamengo tem sim, dinheiro. Vejam nos últimos cinco anos o nível de contratações do Flamengo. Foi isso que eu quis dizer, para quem não percebeu”.