No primeiro dia de internação, a influenciadora teve falta de ar, e exames mostraram que, além de estar com as plaquetas baixas, algumas enzimas hepáticas também estavam alteradas, o que poderia indicar dengue. Segundo os médicos, porém, o diagnóstico só seria confirmado após outro exame, que levaria alguns dias para ficar pronto.
No segundo dia de internação, os médicos estavam quase certos de que a falta de ar e o desconforto de Sofia eram causados pela ansiedade. Chegaram até a enviar uma psicóloga para conversar com ela, mas minha irmã explicou que não se tratava de ansiedade, mas de um mal-estar real. Eles queriam dar alta para ela, alegando que poderia terminar o tratamento em casa. Minha mãe se opôs veementemente, pois Sofia ainda estava com exames alterados e suspeita de dengue. Não tinha como levá-la para casa nessa situação.
Após o pedido da família, os exames em Sofia foram refeitos. Com resultados preocupantes, os médicos optaram por fazer uma ausculta pulmonar seguida de um raio-x —foi constatado, então, que havia líquido nos pulmões.
No terceiro dia de internação, a jovem teve falência múltipla de órgãos e morreu. “Uma médica muito competente assumiu o caso, mas era tarde demais para reverter o quadro. Se ao menos tivessem agido mais cedo, talvez o desfecho fosse diferente.”
É angustiante pensar que, se tivessem ouvido Sofia desde o início, a história poderia ter sido outra. A falta de atenção e cuidado com o paciente é devastadora. No caso de Sofia, não foi apenas uma vida perdida, mas duas, pois o bebê também não resistiu. Só escutaram o pulmão dela quando já era tarde.
Para a família, houve negligência médica e o caso será levado à Justiça. “Estamos tomando medidas legais não por dinheiro, mas para que a Justiça seja feita e para que isso sirva de lição. Os médicos precisam entender que cada paciente é um ser humano com uma história, sentimentos, família e sonhos. A morte de Sofia foi uma tragédia que poderia ter sido evitada se tivessem ouvido seus sintomas desde o início. É uma dor insuportável que nada pode amenizar”, diz a irmã.