Os agentes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atuaram na recaptura dos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), escolheram o local exato da abordagem aos criminosos para evitar troca de tiros, conforme explicou o diretor-geral-adjunto da PRF, Alberto Raposo, em entrevista concedida à CNN na manhã desta sexta-feira (5), um dia após a recaptura dos detentos.
“A abordagem se deu de uma forma bem planejada, na ponte sobre o Rio Tocantins, e ela estava sendo construída ao longo do dia para que não houvesse efeitos colaterais nenhum à sociedade e nem aos presos. A gente queria a recaptura e a recondução deles à penitenciária”, afirmou Raposo.
De fato, não houve troca de tiros entre os policiais e os criminosos, apesar do risco não ter sido descartado pelas forças de segurança. “O risco de acontecer sempre é possível, até porque a gente tinha a informação que eles estavam armados. Estavam bem armados, inclusive. Então toda a segurança do perímetro, a segurança dos nossos policiais e a segurança deles, foi trabalhada a todo momento”, completou ele.
O diretor da PRF detalhou que a prisão aconteceu às 13h de ontem (4), em uma ponte situada no km 240 da BR-222, em Marabá, no Pará, mas ação já estava sendo preparada desde as 4h da manhã pelos setores de inteligência da PF e da PRF.
“Todo o canal de fuga que tivesse por ali estava bem observado”, pontuou Raposo.
Ainda há um inquérito em andamento e sob sigilo, conduzido pela PF, para apurar a atuação de pessoas que teriam prestado apoio aos criminosos. Além de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, que fugiram da penitenciária federal em fevereiro, outros quatro suspeitos que estavam nos carros com eles também foram detidos na ação.
Durante a entrevista, Raposo destacou a ação conjunta das forças de segurança: “é um motivo de exaltação essa integração entre as forças de segurança pública no campo da inteligência, porque isso tem trazido resultados para a sociedade expressivos”.
Segundo ele, ao longo do período de buscas pelos fugitivos, conforme as polícias envolvidas no caso foram recebendo informações, o dimensionamento dos esforços e equipes empregadas no caso ia sendo redimensionado diariamente. ” No dia de ontem, a gente já estava trabalhando essa prisão, só estávamos trabalhando com a escolha do local que tivesse menos dano colateral”, afirmou Raposo.
“Eles escolheram o lugar errado para transitar e a PRF estava lá para dar apoio, fazer esse trabalho junto com PF e efetuar a prisão dos foragidos’, concluiu o diretor da PRF.