Essa bactéria pode ser encontrada no solo, em alimentos e em fezes de animais sob a forma de esporos. Esses esporos, que são unidades de reprodução, são estruturas resistentes que se formam em condições desfavoráveis. Em lugares com falta de oxigênio, como é o caso de conservas de alimentos, os esporos da bactéria começam a liberar a toxina.
No botulismo alimentar, a contaminação acontece por ingestão de toxinas em alimentos contaminados e que foram produzidos ou conservados de forma inadequada. O contato com a bactéria pode acontecer por meio de alimentos em conservas e embutidos de vegetais e frutas (principalmente as artesanais, como por exemplo palmito, picles); carnes e derivados cozidos, curados ou defumados de maneira artesanal; pescado defumados, salgados e fermentados; frutos do mar; leite; e derivados. Raramente a transmissão acontece com alimentos enlatados industrializados.
A prevenção está nos cuidados com alimentos. É importante atenção na hora de higienizar os produtos e as mãos, e a recomendação é evitar ingerir alimentos em latas estufadas, vidros embaçados, embalagens danificadas ou com alterações no cheiro e aspecto. Antes do consumo, o ideal é ferver ou cozinhar por 15 minutos produtos industrializados e conservas caseiras.
No botulismo intestinal, os esporos contidos em alimentos contaminados se fixam e se multiplicam no intestino da pessoa infectada. Lá, ocorre a produção e a absorção da toxina.
Outro tipo de botulismo intestinal é o infantil. Mais frequente em crianças com idade entre três e 26 semanas, sua principal causa é a ingestão de mel de abelha nas primeiras semanas de vida.
Por fim, o botulismo por ferimentos é uma das formas mais raras da doença. Ele é causado pela contaminação de ferimentos com a bactéria Clostridium botulinum.