O banco, porém, mantém seu cenário básico, que aponta para uma taxa Selic de 9,5%, nível que será alcançado apenas em julho. “Se estivermos certos e as notícias de inflação melhorarem no segundo trimestre, acreditamos que o Copom (ao menos a maioria dos membros) optará não só por manter o ritmo de 0,5 ponto em maio, como sinalizado, mas também em junho, encerrando o ciclo com 0,25 ponto em julho e taxa Selic ‘terminal’ de 9,5%.”
Fernandez e Moreira apontam, em relatório enviado a clientes, que o Copom se mostrou “especialmente preocupado” com a dinâmica salarial, o que já era sugerido pela comunicação no período entre as reuniões de janeiro e de março. “O comitê está preocupado com o fato de o mercado de trabalho apertado estar gerando rendimentos reais além dos ganhos de produtividade, o que pode ter impacto na inflação de serviços”, dizem os profissionais. Além disso, eles notam que o Copom levantou dúvidas sobre a velocidade do processo de desinflação.