O CEO da Azul, John Peter Rodgerson, disse que a empresa foi chamada para uma reunião com o governo federal, em Brasília, na semana que vem. O objetivo é debater o plano de levantar uma linha de crédito para o setor.
“Fomos chamados para discutir com o ministério da Fazenda e olhar oportunidades e ver o que funciona. As três empresas estão sendo chamadas individualmente. Vemos isso com bons olhos. Acho que está indo na direção correta”, disse ele, em conversa com jornalistas na tarde desta quinta-feira (28).
Os executivos foram questionados sobre como esse recurso seria liberado, mas falaram que ainda não há detalhes. Entre as opções na mesa, está o uso do BNDES, mas seria necessária a aprovação de garantias para que o banco libere recursos.
Segundo Rodgerson, o que tem sido apontado pelo governo é a criação de uma linha entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões, a ser dividida entre as aéreas.
Sobre o espaço para crescer no mercado diante das dificuldades da Gol, o CEO disse que a retirada de capacidade da concorrente abre uma janela. Mas ele defendeu que o foco é crescer os mercados específicos da empresa. Hoje, cerca de 80% das rotas da Azul são operadas apenas pela empresa.
Os executivos da companhia lembraram que, em 15 anos, a empresa já conseguiu chegar perto de 30% de market share. Mas eles defenderam que não necessariamente foi uma fatia roubada de concorrentes, uma vez que parte significativa das rotas não era voada antes.
Os executivos foram questionados sobre as abordagens para um negócio com a Gol, mas disseram não poder comentar o tema.
Sobre entrega de aeronaves, demonstraram otimismo com o plano de receber entre 11 e 13 novos aviões da Embraer neste ano. A maior parte deverá vir no final do ano. Há ainda estimativa de receber alguns modelos da Airbus até julho.