O mercado de trabalho formal registrou em fevereiro a criação de 306.111 vagas com carteira assinada, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta, 27, pelo Ministério do Trabalho.
Já o saldo ajustado de janeiro foi revisado para uma criação de 168.503 empregos com carteira assinada, ante leitura anterior de 180.95 vagas. Veja quadro abaixo:
Resultado acima do esperado
O número de fevereiro veio acima da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que indicava a abertura de 232,5 mil postos de trabalho. O número veio dentro do intervalo de estimativas, que variavam entre 130 mil a 330 mil vagas.
Quase 475 mil vagas em dois meses
No acumulado no 1º bimestre de 2024, o saldo é de 474.614 empregos formais criados.
O estoque total de trabalhadores com carteira assina no país chegou a 45,991 milhões, o que representa um crescimento de 1,04% em relação a fevereiro do ano passado.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o resultado da criação de empregos no país em fevereiro seria “expressivo”. Em sua avaliação, a economia brasileira inicia um “novo ciclo de crescimento”.
Serviços lideram criação de vagas
Os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos em fevereiro, com destaque para o setor de Serviços (+193.127) e indústria (+54.448). A construção (+35.053), o comércio (+19.724) e agropecuária (+3.759) também tiveram saldos positivos de empregos no mês.
Em 24 das 27 unidades da federação foram registrados saldos positivos. Os estados que mais criaram empregos foram São Paulo, que gerou 101.163 postos; Minas Gerais, que gerou 35.980 postos, e Paraná, com geração de 33.043 postos.
Salário de contratação cai frente a janeiro
O salário médio real de admissão no mês foi de R$ 2.082,79, com uma redução de 2,4% em comparação com o valor de janeiro (R$ 2.133,21). Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve ganho real foi de R$28,29 (+1,4%).