Após uma reestruturação que resultou na melhoria de margens em diversas frentes em 2023, a CSU Digital (CSUD3), empresa de tecnologia para o mercado financeiro, avalia que em 2024 verá suas receitas aumentarem. A companhia promoveu a digitalização de processos internos e produtos, o que reduziu custos, com impacto em indicadores como lucro e Ebitda. O movimento, no entanto, também diminuiu os preços cobrados dos clientes, o que teve impacto no faturamento.
Segundo resultados divulgados nesta quarta-feira, o lucro líquido da CSU Digital cresceu 20,2% em 2023 em relação a 2022, para R$ 88,4 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) evoluiu de R$ 166 milhões para R$ 181,4 milhões, e a margem Ebitda alcançou 34,2% no ano passado.
Esses resultados recorde refletem ganhos em indicadores operacionais movidos, especialmente, pela iniciativa de hiperautomação nos processos internos e em produtos. No entanto, a receita líquida caiu 1,3%, para R$ 530,2 milhões. “Do ponto de vista de mercado, não perdemos participação. Pelo contrário, conseguimos até avançar nessa questão”, diz o CFO e diretor de relações com investidores da companhia, Pedro Alvarenga.
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O DX, braço de experiência do cliente da empresa, foi um dos principais focos da mudança, chegando a 70% de digitalização em atendimentos em 2023. “Com a estabilização do processo de digitalização, os impactos [em receita] devem ser menores. Desde o segundo trimestre de 2023, quando chegamos a essa digitalização de 70% no DX, a receita da linha cresceu nos dois trimestres seguinte”, pontua Alvarenga.
Como publicou o IM Business, a CSU Digital tem feito movimentos no mercado para expandir a liquidez de suas ações na B3. O valor das ações da empresa subiu mais de 100% no período de um ano e as negociações diárias também têm evoluído. Nos últimos 18 meses, a participação acionária institucional na CSU subiu de 28,6% para 50%.