Para pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de dengue, um hemograma que apresenta queda nos níveis de plaquetas pode ser assustador. Entretanto, segundo especialistas, a diminuição plaquetária nem sempre é sinal de que a doença está na forma grave.
Em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, o médico hematologista Guilherme Duffles destaca que, em geral, há um risco maior de hemorragia espontânea – ou seja, sangramento sem traumas – quando as plaquetas ficam abaixo de 10 mil/m³, o que é raro em quadros de dengue.
De acordo com Duffles, a gravidade da dengue não pode ser definida apenas pelo resultado do exame de sangue e requer análise de outras manifestações clínicas. No entanto, os quadros costumam se apresentar da seguinte forma:
Em Campinas (SP), a esposa do jardineiro Artur Rosa está internada com dengue. No caso dela, a quantidade de plaquetas chegou a cair para 36 mil, fazendo com que a mulher permanecesse internada. Enquanto isso, o marido faz um apelo:
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No caso da coordenadora de projetos Beatriz Lavandoscki, as plaquetas chegaram a 115 mil durante o período em que esteve com a doença, mas os valores voltaram à normalidade após uma semana em tratamento.
“Foi o ápice da doença, a menor plaqueta que eu tive, mas em uma semana eu fiz o terceiro exame e já estava com 154 mil. […] Tive [sangramento] na gengiva, no nariz, que são incomuns no meu dia a dia. Tive também algumas manchas no corpo, principalmente na mão, e coçava muito”, conta.