A flauta mais famosa do rock está de volta ao Brasil. Depois de ter uma turnê cancelada em 2020 por conta da pandemia de Covid-19, o Jethro Tull se apresenta em quatro cidades brasileiras a partir desta terça (9/4), na chamada RökFlöte Tour.
Eu tenho várias flautas, mas não considero isso uma coleção. Tenho uma flauta que, no momento, é a que levo em todas as turnês e tenho uma flauta reserva, que é praticamente idêntica à outra. E tenho também uma flauta barata, que carrego em um dos cases de produção, caso algo dê errado no palco. Então, essas são as três flautas que uso com mais frequência. Ainda tenho outras seis flautas, que posso tocar se estiver gravando, por exemplo, mas elas são valiosas demais para serem carregadas pelo mundo. Ian Anderson
No palco, Ian Anderson, único remanescente da formação original do clássico grupo de rock progressivo, vem acompanhado dos músicos David Goodier (baixo), John O’Hara (teclados), Joe Parrish (guitarra) e Scott Hammond (bateria).
Eles são a nova linha de frente do Tull desde a volta da banda, em 2017, e foi com eles que Anderson gravou não só o disco que dá nome à excursão, lançado em 2023, mas também o anterior, “The Zealot Gene” (2022),
Ambos os álbuns estarão contemplados no espetáculo, mas de maneira tímida. O grosso do setlist, é claro, será composto por hits como “Aqualung”, “Locomotive Breath”, “Dark Ages” e “Heavy Horses”.
São canções que percorrem várias fases da carreira do Tull, fundado em 1967 na cidadezinha litorânea de Blackpool, na Inglaterra, e que está na estrada desde então — o que gera uma certa tristeza em seu fundador.
“As pessoas dizem ‘Oh, vejo que você está em turnê novamente’. E eu penso comigo mesmo: ‘Estou em turnê desde a metade de 1968′”, comenta o vocalista, em entrevista a Splash.
Em um mundo ideal, eu faria dois concertos e voltaria para casa e dormiria na minha própria cama. Isso é o que eu gostaria, mas eu não posso fazer isso em viagens longas, como visitar o Brasil. Então, eu apenas terei que aguentar estar em uma série de hotéis e muitos voos de avião. Ian Anderson
Mas, na impossibilidade de viver em um mundo ideal, o ex-maior criador de Salmão da Escócia meteu o pé na estrada novamente em 2023 e seguirá até pelo menos o meio de 2024, quando completará 77 anos de vida e quase 60 de uma carreira dedicada ao seu prog rock de acento folclórico.
Apesar da fidelidade à sua verdade musical (que lhe rendeu um até hoje controverso Grammy de Melhor Performance de Rock Pesado/Metal em 1989), Anderson se considera pouco nostálgico e não mudaria nada do que já fez.
Gravar um disco é como pintar um quadro. Você pode terminar a pintura e, dois anos depois, pensar: ‘Eu queria poder mudar isso’, mas você não pode fazer isso. Você fez sua declaração, ela fica para sempre ali. Nesse sentido, fazer música e gravar ou pintar um quadro é um pouco como estar no [ex-]Twitter. É tarde demais para mudar. Se houver algo ruim lá, bem, então você vai ter que conviver com isso. Ian Anderson
Jethro Tull – RökFlöte Tour
Belo Horizonte
Quando: 9/4, às 21h
Onde: Arena Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230)
Classificação: 16 anos (menores poderão ingressar e permanecer no local somente acompanhados dos pais)
Quanto: de R$ 350 (arquibancada, meia) a R$ 1.100 (cadeira numerada premium, inteira)
Ingressos à venda no site da Sympla.
Porto Alegre
Quando: 10/4, às 21h
Onde: Auditório Araújo Vianna (av. Osvaldo Aranha, 685, Bairro Bom Fim)
Classificação: 14 anos
Quanto: de R$ 300 (plateia alta lateral, meia) a R$ 900 (plateia gold, inteira)
Ingressos à venda no site da Sympla.
Curitiba
Quando: 12/4, às 21h
Onde: Teatro Positivo (Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300, Campo Comprido)
Classificação: 14 anos
Quanto: de R$ 400 (superior, meia) a R$ 990 (premium, inteira)
Ingressos à venda no site da Disk Ingressos.
São Paulo
Quando: 13/4, às 21h
Onde: VIBRA São Paulo (av. das Nações Unidas, 17.955, Vila Almeida)
Classificação: 18 anos
Quanto: de R$ 360 (superior, meia) e R$ 990 (cadeira premium, inteira)
Ingressos à venda no site da Eventim.