O Eclipse Solar Total esperado para este mês de abril e que poderá ser avistado em quase toda a América do Norte vai além da possibilidade de visualizar os efeitos no céu. Cientistas querem aproveitar a oportunidade para entender como os animais reagem ao fenômeno.
Comportamentos “anormais”
Durante os eclipses, alguns animais agem de forma estranha, enquanto outros simplesmente entram no modo noturno. As espécies que costumam ficar ativas durante o dia preparam-se para dormir, enquanto as de hábito noturno despertam.
É por isso que pesquisadores irão observar quais são as alterações na rotina dos animais no Zoológico de Fort Worth, no estado americano do Texas. No último eclipse solar total, em 2017, comportamentos estranhos foram verificados em animais em um zoológico do estado da Carolina do Sul. As tartarugas-das-galápagos, por exemplo, começaram a procriar durante o fenômeno, um comportamento que ainda não foi esclarecido pela ciência.
Já um casal de siamangs, gibões que geralmente emitem chamados um ao outro pela manhã, cantou músicas incomuns durante o eclipse. E algumas girafas macho começaram a galopar com “aparente ansiedade”, enquanto flamingos se amontoaram em torno de seus filhotes.
Vários outros zoológicos e santuários de vida selvagem organizaram eventos onde os visitantes poderão observar como os animais reagem a mudanças repentinas de luz e temperatura. Mas para participar é preciso fazer silêncio, já que os animais são facilmente perturbados por ruídos altos.
No total, seis zoológicos dos EUA estão na rota do eclipse solar total deste mês. São eles: o Cameron Park, no Texas; o Little Rock, no Arkansas; o de Indianápolis; o de Nova York, além de o de Akron e o de Toledo, ambos no estado de Ohio.
Estes espaços prepararam bate-papos, palestras de especialistas, apresentações educativas ao longo do dia, além de oferecerem óculos de visualização de eclipses disponíveis para compra. As informações são do Space.com.
O eclipse
- No dia 8 de abril deste ano a Lua cobrirá o Sol num Eclipse Solar Total que poderá ser visto de várias regiões da América do Norte, possibilitando que milhões de pessoas observem o fenômeno, que resulta numa cobertura quase perfeita da estrela. Infelizmente, o evento não será visto do Brasil.
- O fenômeno é o mesmo que foi registrado em 2017, mas há algumas diferenças.
- No último evento do tipo, a Lua estava um pouco mais distante da Terra, assim a faixa onde o fenômeno pode ser observado em sua totalidade variava de 100 a 115 quilômetros de largura.
- No que acontece em abril, essa faixa irá variar de 170 a 200 quilômetros.
- O Eclipse Solar Total deste ano poderá ser visto por cidades e áreas mais densamente povoadas, permitindo que 31,6 milhões de pessoas assistam o fenômeno, em comparação com as 12 milhões de 2017.
- No eclipse de 2017, o período mais longo de sua totalidade aconteceu próximo a Carbondale, Illinois e durou de 2 minutos e 42 segundos.
- Em 2024, ele será mais longo próximo a Torreón, no México, durando cerca de 4 minutos e 26 segundos.
- Durações superiores a 4 minutos, no entanto, também acontecerão até próximo da fronteira do Canadá, quando o eclipse durará 3 minutos e 21 segundos;
- Outra diferença é que o ano de 2024 é mais próximo do máximo solar, onde a atividade da estrela é maior.
- Assim, quando a Lua cobrir o Sol, é bem provável que serpentes de fogo na coroa estelar, diferente da aparência mais simples de 2017.