Inundações tomaram conta de cidades e vilas na Rússia e no Cazaquistão nesta quarta-feira (10), depois que o terceiro maior rio da Europa transbordou, forçando a retirada de mais de 110 mil pessoas e inundando partes da cidade de Oremburgo.
A água inundou dezenas de assentamentos nos Montes Urais da Rússia, na Sibéria, no Volga e em áreas do Cazaquistão, após importantes rios, como o Ural, que deságua no Cáspio, subirem mais de 70 cm acima do nível normal, atingindo mais de 10 metros.
Em Oremburgo, cidade com 550 mil habitantes a cerca de 1.200 quilômetros a leste de Moscou, centenas de casas foram inundadas e pelo menos 7.700 pessoas foram retiradas quando o Rio Ural subiu rapidamente além do nível crítico de 9,3 metros.
Imagens da Reuters mostraram áreas próximas à cidade debaixo d’água. Em Kurgan, região que se estende pelo Rio Tobol, 4.500 pessoas foram retiradas e cresceu o temor de que milhares – ou até dezenas de milhares – mais precisariam ser retiradas.
“A previsão é desfavorável”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres. “O nível da água continua a subir nas zonas de inundação, grandes quantidades estão chegando a novas regiões.”
A situação de inundação foi aguda em partes da Sibéria Ocidental, a maior bacia de hidrocarbonetos do mundo, onde o pico é esperado em três a cinco dias, e em algumas áreas ao redor do Volga, o maior rio da Europa, disse o ministério de Emergências.
Os moradores de Oremburgo disseram que foi a pior inundação de que se tem lembrança, enquanto as autoridades russas a pior já registrada na região. O Cazaquistão informou que 96 mil pessoas foram retiradas.
Segundo a Rússia, disse 10.500 casas foram inundadas em 37 áreas, a maioria na região de Oremburgo.
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