Vítima contou que perdeu a consciência. A estrangeira disse à polícia que não sabe se algo foi colocado na bebida dela e não soube precisar quantos homens cometeram a violência.
Funcionários da boate tentaram convencê-la a não denunciar ocorrência, disse vítima. A estrangeira disse que encontrou a amiga após retomar consciência e buscou representantes da casa noturna para narrar o ocorrido. “Funcionários da boate, inclusive seguranças, tentaram dissuadi-la da intenção de ir à delegacia”, afirmou a deputada Renata Souza em nota enviada ao UOL.
Universitária tinha acabado de chegar no Brasil. Ela pretendia passar um ano no país para aprender português. Agora, pretende voltar ao país de origem assim que possível, afirmou a deputada. A nacionalidade da vítima foi preservada pela comissão da Alerj e pela polícia.
Autores ainda não foram identificados. Ao UOL, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que as imagens de câmeras de segurança do local são analisadas para tentar identificar os suspeitos do crime.
A boate Portal Club Rio informou que forneceu as imagens para a investigação. “Será provado todo o apoio que prestamos à vítima, juntamente com os dados dos clientes presentes no dia, que tenham colocado o nome na lista ou comprado ingresso antecipadamente. Estamos comprometidos com a busca pela verdade e desejamos que os responsáveis sejam devidamente punidos”, disse em nota.
A violência sexual contra a mulher no Brasil
No primeiro semestre de 2020, foram registrados 141 casos de estupro por dia no Brasil. Em todo ano de 2019, o número foi de 181 registros a cada dia, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em 58% de todos os casos, a vítima tinha até 13 anos de idade, o que também caracteriza estupro de vulnerável, um outro tipo de violência sexual.