A Secom também justifica a compra dos móveis novos enquanto os antigos estavam desaparecidos. “Foram os imprescindíveis para recompor o ambiente do Palácio de acordo com seu projeto arquitetônico, e não são os mesmos da lista de patrimônio perdido”. O comunicado ainda diz que nem todos os itens encontrados estavam em condições de uso.
O PL Mulher, presidido por Michelle Bolsonaro, divulgou uma nota em que a ex-primeira-dama diz que “as medidas judiciais serão adotadas”. O comunicado também afirma que a Comissão de Inventário Anual da Presidência “apressou-se” em apontar, ainda em 2022 – portanto, durante o governo Bolsonaro – que faltavam 261 móveis. O texto também diz que o caso é uma tentativa “criar uma cortina de fumaça e procurar esconder o real motivo das acusações caluniosas – comprar móveis luxuosos sem licitação”.
Entenda o caso
A nota da Secom aparece após reportagem do jornal Folha de S.Paulo noticiar que a Presidência havia encontrado todos os 261 bens que estavam desaparecidos. Os móveis foram motivo de discussão entre os casais Lula da Silva e Bolsonaro.
A disputa teve início durante a transição de governo, no início do ano passado. Lula e a primeira-dama Janja reclamaram das condições da residência oficial e apontaram que alguns móveis do patrimônio estavam faltando, quando Jair Bolsonaro (PL) e sua mulher, Michelle, se mudaram do local.
Levantamento da Comissão de Inventário Anual, feito no Palácio da Alvorada, havia apontado preliminarmente, ainda em 2022, que 261 bens citados não haviam sido localizados durante os trabalhos. Já início do governo Lula, em 2023, a Presidência afirmou que uma nova conferência havia sido realizada e o número de bens desaparecidos diminuiu para 83.