A taxa de analfabetismo de indígenas no país foi de 15,1% em 2022, mais que o dobro da média nacional para toda a população. As informações constam de mais um recorte do Censo Demográfico, a pesquisa Censo 2022 – Alfabetização: Resultados do universo. O levantamento foi divulgado essa sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A partir destes resultados, os técnicos do IBGE apuram que a taxa de alfabetização dos indígenas foi 85,0% em 2022, abaixo da taxa nacional (93,0%) para esse grupo de idade. Já a taxa de analfabetismo dos indígenas foi 15,1% deste contingente populacional, acima da taxa nacional de 7,0%.
A taxa de analfabetismo é o percentual de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária. Já a taxa de alfabetização é a proporção da população com idade igual ou superior a 15 anos que consegue ler, escrever e compreender um pequeno texto sobre a sua vida quotidiana.
Entretanto, os pesquisadores do IBGE apontam que o cenário já foi pior. No Censo de 2010, a taxa de analfabetismo dos indígenas era de 23,4%.E a taxa de alfabetização era menor, de 76,6%, no Censo de 2010.
Também na comparação entre 2010 e 2022, o instituto apurou ainda queda na taxa de analfabetismo em todas as regiões. Na região Norte, passou de 31,3% para 15,3% e foi a maior redução, entre as grandes regiões. No Centro-Oeste, passou de 20,8% para 12,7% e, na Região Nordeste, de 24,4% para 18,0%. No Sudeste, por sua vez, foi encontrado menor variação na taxa de analfabetismo dos indígenas, que passou de 10,5% para 8,3%. A segunda menor variação, no período, foi registrada no Sul, onde passou de 15,7% para 10,6%.