A ministra da Saúde tem sido alvo de críticas, inclusive vindas de políticos do PT e do centrão, que pressionam por mudanças na pasta. Aliados do governo afirmam que, se a pasta comandada por Nísia não apresentar resultados rápidos, ela pode ser substituída antes das eleições de outubro. Até agora, porém, Lula resiste a essa troca e tem demonstrado apoio à ministra.
“Eu acho que a ministra da Saúde tem de se dirigir ao povo brasileiro, porque muitas vezes o povo precisa de orientação”, acrescentou Lula. O presidente tem feito uma cobrança geral a seus ministros por uma melhoria na comunicação para que os feitos de cada pasta cheguem à população.
Nísia também defendeu sua relação com o Congresso. “Desde o ano passado, não só recebo deputados individualmente como bancadas. Bancadas lideradas por estados governados por governadores da oposição, senadores da República. Vejo que não há nenhum problema do Ministério da Saúde com o Congresso, o que eu vejo é que houve mudanças. Houve mudanças orçamentárias”, argumentou.
A Saúde é cobiçada pelo centrão desde o início do governo. Embora negue, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já indicou a Lula em conversas que gostaria que seu partido comandasse a pasta. Lula tem rejeitado essa sugestão. Inclusive segurou Nísia na última reforma ministerial. Na mesma reunião em que deu a bronca, também descartou qualquer troca no comando do ministério.
Rumo ao recorde histórico
O Brasil enfrenta a maior epidemia de dengue de sua história, com reflexos diretos na popularidade do governo. A oposição aproveita para tentar colar em Lula o apelido de “presidengue”, palavra disseminada em grupos de WhatsApp.