O Mercado Livre anunciou na segunda-feira que pretende elevar seu quadro de pessoal no Brasil em 28% neste ano com a contração de cerca de 6,5 mil funcionários, à medida que a companhia desenvolve seu plano de expansão no país.
O vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras autoridades do governo na noite de segunda-feira.
As contratações previstas levarão o total de trabalhadores do Mercado Livre no Brasil, onde a companhia obtém mais de 50% de sua receita total, para cerca de 29,2 mil funcionários.
No mês passado, a companhia disse que pretende investir 23 bilhões de reais no Brasil em 2024, um aumento de 21% ante 2023, consolidando uma expansão recente, solidificada em parte pela demanda por produtos online a partir da pandemia.
Para comparação, em 2019, o Mercado Livre investiu 2 bilhões de reais no Brasil, e tinha menos de 3 mil funcionários.
Do total previsto, a principal área de contratação do Mercado Livre no ano deve ser logística, com 5.200 funcionários, com foco nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, segundo a executiva. Atualmente, a empresa possui 10 centros de distribuição no Brasil.
O setor de tecnologia no Brasil, área com sede em Florianópolis, tem expectativa de contratação de 875 funcionários, elevando o número de pessoal para 4.500 até o final do ano.
Monteiro disse também que o Mercado Livre, dono da fintech Mercado Pago, pretende manter parte dos funcionários trabalhando de forma remota.
A empresa afirma manter uma política, com origem antes da pandemia, em que cargos administrativos têm flexibilidade de trabalho. Papéis de alta liderança, porém, possuem uma exigência de 20% de presença em algum escritório da companhia no trimestre.
O Mercado Livre não disse quantos funcionários podem operar nesse modelo, e Monteiro destacou que essa flexibilidade envolve principalmente carreiras não relacionadas à entrega física de produtos.
“Acho que estamos sendo diferenciados quando a gente se compara com empresas de tecnologia, principalmente as norte-americanas”, disse ela. “Temos visto mais rigor, até tradicional, em empresas de tecnologia que antes eram vanguarda em tudo que era forma de trabalhar.”