Microsoft e Quantinuum disseram nesta quarta-feira (3) que deram um passo fundamental para tornar os computadores quânticos uma realidade comercial, tornando-os mais confiáveis.
O movimento é o mais recente em uma corrida para aperfeiçoar a computação quântica, na qual empresas de tecnologia como Microsoft, o Google, da Alphabet,, e IBM estão disputando com rivais e países para criar máquinas que aproveitem a mecânica quântica para prometer velocidades muito mais rápidas do que os computadores convencionais baseados em silício. Essas máquinas quânticas poderiam realizar cálculos científicos viáveis que, de outra forma, levariam milhões de anos com os computadores clássicos de hoje.
Mas a unidade fundamental dos computadores quânticos – chamada “qubit” – é rápida, porém meticulosa, produzindo erros de dados se o computador quântico for perturbado, mesmo que ligeiramente. Para resolver esse problema, os pesquisadores quânticos muitas vezes constroem mais qubits físicos do que o necessário e usam técnicas de correção de erros para produzir um número menor de qubits confiáveis e úteis.
Jason Zander, vice-presidente executivo de missões estratégicas e tecnologias da Microsoft, disse que a empresa acredita que esta é a melhor proporção de qubits confiáveis de um chip quântico já mostrada.
“Realizamos mais de 14 mil experimentos individuais sem um único erro. Isso é até 800 vezes melhor do que qualquer coisa já registrada”, disse Zander à Reuters em entrevista.
A Microsoft disse que planeja lançar a tecnologia para seus clientes de computação em nuvem nos próximos meses.
Os pesquisadores quânticos, tanto da Quantinuum quanto de seus rivais, costumam citar um número de cerca de 100 qubits confiáveis como o número necessário para vencer um supercomputador convencional. Nem a Microsoft nem a Quantinuum disseram nesta quarta-feira quantos anos mais precisarão para usar a nova técnica para atingir 100 qubits confiáveis.
Mas Ilyas Khan, diretor de produtos da Quantinuum, disse: “a visão atual é que reduzimos isso em pelo menos dois anos, se não mais”.