O supercomputador Santos Dumont, também conhecido como SDumont, tem sido essencial para pesquisas científicas em todo o Brasil. Após a próxima atualização, ele passará a ser o supercomputador mais poderoso da América Latina com foco em estudos acadêmicos.
O SDumont foi desenvolvido na França e comprado pelo governo brasileiros em 2015, desde então, o supercomputador habita a base do LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica) em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
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O que é e para que serve o supercomputador Santos Dumont?
O supercomputador pode ser utilizado por pesquisadores de todo o Brasil para desenvolver projetos científicos, desempenhando, portanto, um papel fundamental no desenvolvimento tecnológico e científico do nosso país.
Não apenas refletindo as capacidades computacionais do SDumont, a palavra “super” também diz respeito ao seu tamanho. Atualmente, o supercomputador ocupa uma área de mais de 80 m², e tem espaço para expansão.
Além do espaço para o computador em si, também é necessário contemplar o espaço de resfriamento já que, para refrigerar suas 60 toneladas, o supercomputador precisa de grandes volumes de água – tanto na temperatura ambiente quanto gelada.
O que é o supercomputador Santos Dumont?
O supercomputador Santos Dumont é um equipamento formado por um conjunto de computadores mais simples, operando com alta velocidade de processamento. Cada um destes dispositivos que o compõem processam partes menores de informação, dividindo o volume da carga.
Os computadores mais simples auxiliam também na grande capacidade de memória, rede de comunicação e sistema de armazenamento do supercomputador, realizando algumas das etapas computacionais de maneira rápida. Por exemplo, o SDumont é capaz de processar 5,1 quatrilhões de operações matemáticas em apenas 1 segundo.
Para que serve o supercomputador Santos Dumont?
Como mencionado, o supercomputador Santos Dumont tem um papel fundamental no desenvolvimento tecnológico e científico no território brasileiro. Atualmente, 300 projetos de 16 estados do país estão em andamento no supercomputador.
Ele possibilita a aceleração dos resultados das pesquisas, realizando análises de dados em larga escala e simulações de problemas. O supercomputador também cria modelos matemáticos e propõe soluções para questões científicas e tecnológicas.
O Santos Dumont contribuiu significativamente, por exemplo, para estudos relacionados ao tratamento da Covid-19, auxiliando no sequenciamento do coronavírus durante o auge da pandemia em 2020.
O supercomputador também foi essencial na descoberta da vacina experimental contra o vírus da Zika em 2018, identificando uma sequência de proteína específica do vírus que possibilitou o desenvolvimento de imunizantes ainda em fase de testes.
Ademais, projetos de natureza fundamental, como astronomia, astrofísica e física de altas energias, também estão sendo conduzidos nos núcleos da máquina. Sendo assim, os pesquisadores que necessitarem desse tipo de equipamento podem contatar o LNCC e apresentar sua demanda, visto que o SDumont está disponível para a comunidade científica nacional mediante apresentação de projeto.