Nas últimas semanas, diversos trabalhadores desempregados denunciaram um golpe financeiro que vem acontecendo durante o processo seletivo. Ao entrarem em contato com um suposto recrutador, os candidatos são induzidos a efetuar um pagamento sobre o exame admissional.
Esse exame, realizado antes da contratação de um funcionário por uma empresa, verifica se o candidato possui a capacidade necessária para realizar as tarefas do cargo ao qual está se candidatando.
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O que é o golpe do exame admissional e como se proteger?
No golpe do exame admissional, criminosos se passam por recrutadores de grandes empresas. Os golpistas entram em contato com as vítimas por meio de mensagens SMS ou WhatsApp, após encontrá-las em portais online de emprego bastante conhecidos, como o Infojobs, Catho e Vagas.com.
Os falsos recrutadores atraem candidatos oferecendo oportunidades de emprego que, na verdade, não existem, e fazem isso em nome de empresas renomadas. Após induzir o candidato a acreditar que será contratado, eles solicitam o pagamento pelo exame admissional.
Geralmente, os golpistas cobram entre R$ 100 e R$ 200 pelo falso exame admissional, e costumam solicitar o pagamento através de chaves Pix aleatórias, tornando mais difícil rastrear o responsável. Após receberem o pagamento, os falsos recrutadores somem.
É importante ressaltar que essas mensagens parecem legítimas e convincentes, e é comum que os golpistas utilizem gatilhos emocionais, como a urgência do pagamento para garantir a vaga.
Como se proteger do golpe?
Primeiramente, é importante dizer que o pagamento do exame admissional deve ser feito pela empresa contratante, conforme estabelecido pelas normas da CLT. Todos os custos deste exame são responsabilidade do empregador. Além disso, não é comum que as empresas peçam ao trabalhador que pague pelo exame, prometendo reembolso depois.
Sendo assim, desconfie de quaisquer mensagens recebidas via SMS ou WhatsApp que solicitam pagamento e envio de documentos, especialmente em relação ao exame admissional.
Ademais, desconfie de publicações que parecem ser de empresas legítimas, mas que não apresentam conexão com um site oficial ou e-mail com endereço de domínio próprio. Fique atento também caso receba uma resposta exigindo que você clique em um link para responder perguntas adicionais e, especialmente, não dê informações pessoais, como números de documentos.