Sua reportagem forneceu informações públicas valiosas que contribuíram para um importante debate sobre os direitos das mulheres e os direitos das vítimas de violência sexual, levando à aprovação da Lei 14.245/2021.
Em nossa opinião, o interesse público da reportagem supera o interesse do Estado em processar por difamação neste caso e, respeitosamente, pedimos ao governo de Vossa Excelência que retire as acusações contra a Sra. Alves.
Trecho da carta enviada por relatoras da ONU ao Brasil
Procurada pelo UOL, a repórter afirmou estar segura do seu trabalho e da sua responsabilidade social, enquanto jornalista. Ela lembrou que, além da Lei Mariana Ferrer, a denúncia motivou a aprovação, pelo CNJ, do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero.
Schirlei Alves disse ainda que a carta da ONU é resultado da articulação de organizações que defendem os direitos humanos e a liberdade de imprensa, e que já se manifestaram publicamente em apoio à jornalista. “Essa mobilização foi tão grande que demonstrou o impacto e a gravidade de uma sentença como essa no jornalismo brasileiro”, afirmou.
Estou muito feliz em saber que os mecanismos nacionais e internacionais de proteção aos jornalistas estão atuando em minha defesa, que estão ao meu lado. E estou muito esperançosa de que essa decisão injusta seja revertida ao longo do processo.
Schirlei Alves, jornalista