Em meio a ataques pessoais e risco de derrotas no Congresso, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou a existência de uma crise entre o governo Lula (PT) e o Legislativo.
Ele disse ainda que “o sucesso da dupla governo federal e Congresso Nacional, que trouxe tantos ganhos para o país” seria mantido neste ano.
“Da minha parte não tem qualquer rompimento de diálogo. Estou sempre à disposição para conversar”, afirmou. Segundo ele, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), tem mantido diálogo diário tanto com a base como com a oposição.
Na sexta-feira (19), Guimarães declarou que é necessário um “consertinho” na relação entre o governo Lula (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “Mas nada que atrapalhe a nossa vontade e o presidente Lira tem tido essa vontade de votar os projetos de interesse do país”, completou.
Na semana passada, o presidente da Câmara criticou abertamente Padilha, responsável pela articulação política do governo. Disse que o ministro era um desafeto pessoal e “incompetente”.
Em meio à crise, Lula ligou da Colômbia, onde estava, para Guimarães para pedir informações sobre decisão de Lira de incluir na pauta de votações uma proposta que fragiliza uma bandeira do presidente.
Lira pautou na terça (16), e depois acabou retirando da pauta, requerimento de urgência de um PDL (projeto de decreto legislativo) que susta portaria do Ministério do Trabalho e decreto do governo que regulamenta a Lei de Igualdade Salarial, sancionada pelo petista em julho de 2023.