A Petrobras informou, nessa segunda-feira (15), que irá iniciar estudos para investir na descarbonização da refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), em Fortaleza (CE). Para isso, a companhia irá substituir o gás natural, usado pela Lubnor para geração de energia, por biometano.
A Lubnor também passará a produzir Biobunker, combustível marítimo com conteúdo renovável, e CAP Pro, um asfalto com menor impacto ambiental na aplicação. A refinaria passará a utilizar energia elétrica renovável em seus processos, o que deverá neutralizar em 100% suas emissões indiretas de gás carbônico.
A Petrobras ainda estuda a inclusão de novos produtos para compor uma carteira mais sustentável: lubrificantes naftênicos produzidos com hidrogênio de baixo carbono, querosene de aviação com conteúdo renovável ou de baixo carbono, e combustíveis diesel tipo S10 RX — com baixo teor de enxofre e conteúdo renovável em sua composição.
Inaugurada em 24 de junho de 1966, a Lubnor tem capacidade de processamento de 10 mil barris de petróleo por dia e atende a cerca de 12% do mercado nacional de asfaltos. Atualmente, a refinaria não utiliza conteúdo renovável. Com a iniciativa, o uso pode chegar a 10%.
A refinaria é a única produtora no país de óleos lubrificantes naftênicos e atua como polo logístico de combustíveis e gás liquefeito de petróleo (GLP, ou gás de cozinha) da Petrobras no Ceará. O produto predominante na carteira da Lubnor é o asfalto (48% do total), seguido de bunker e óleo combustível (34%), lubrificantes naftênicos (12%) e diesel marítimo (6%).