O petróleo avançou mais de 2% no pregão desta sexta-feira (23), impulsionado por um movimento global de apetite por risco após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, praticamente sacramentar o corte de juros esperado para a reunião de setembro do banco central americano.
Assim, o contrato do petróleo WTI, a referência americana, com entrega para outubro encerrou a sessão em alta de 2,49%, a US$ 74,83 por barril. Já o contrato do Brent, a referência global, para o mesmo mês avançou 2,33%, a US$ 79,02 por barril.
Apesar da forte alta desta sexta-feira, os contratos ainda acumularam quedas de 0,94% e 0,83%, respectivamente, nesta semana. O recuo recente ocorre principalmente por conta de temores quanto à demanda, diz Carsten Fritsch, analista de commodities do Commerzbank.
O analista chama atenção para o fato de que o petróleo não se recuperou mesmo depois de mais uma falha nas conversas por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, o que mantém viva a possibilidade de uma escalada do conflito no Oriente Médio.
“Em vista do baixo nível de preços, acreditamos que é provável que os oito membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que cortaram voluntariamente sua produção em mais 2,2 milhões de barris por dia, não reduzam gradualmente esses cortes adicionais a partir de outubro, conforme anunciado no início de junho”, projeta Fritsch.