Mais de 300 casas foram inundadas na cidade russa de Orenburg depois que o rio Ural subiu meio metro além de seu ponto de ruptura, disseram autoridades nesta quarta-feira (10), enquanto o rápido derretimento da neve dos Montes Urais desencadeou a pior enchente em décadas.
O dilúvio de água derretida inundou partes dos Montes Urais, oeste da Sibéria e áreas do Cazaquistão perto de rios como o Ural e o Tobol, levando à ordem de evacuação de mais de 100 mil pessoas na noite desta quarta-feira.
As autoridades disseram que a situação era perigosa em Orenburg, onde os níveis de água no rio Ural, o terceiro mais longo da Europa, subiram 50 centímetros na manhã desta quarta-feira, poucas horas após atingir o nível crítico de 9,3 metros no final da tarde de terça-feira.
“A noite foi agitada”, disse a agência de notícias estatal RIA, citando o primeiro vice-prefeito de Orenburg, Alexei Kudinov.
A agência de notícias estatal TASS iformou que quase 8.000 pessoas foram evacuadas de Orenburg devido às inundações.
Os hidrologistas dizem que o pior ainda está por vir para Orenburg, uma cidade com cerca de 550 mil habitantes. As águas do rio Ural, que atravessa a Rússia e o Cazaquistão até ao Cáspio, poderão subir mais 70 cm até quinta-feira (11).
O rio Ural rompeu o aterro de uma barragem na cidade de Orsk, na região de Orenburg, da qual Orenburg é o centro administrativo, no fim de semana.
Em Kurgan, uma cidade às margens do rio Tobol, no sul dos Urais, sirenes alertaram as pessoas para evacuarem imediatamente. Autoridades regionais disseram que as enchentes continuarão a aumentar durante três dias e previram uma “situação difícil” até o final de abril.
Na quarta-feira, as autoridades locais disseram que fecharam o tráfego em várias estradas da região para fornecer rapidamente solo para reforçar uma barragem, à medida que a previsão de cheias piorava e os níveis de água no rio Tobol subiam rapidamente 23 centímetros.
(Com informações de Lidia Kelly, em Lisboa)