A Suprema Corte de Londres rejeitou um pedido em um processo do príncipe Harry que poderia ter paralisado os procedimentos por dois anos.
O requerimento foi feito pela editora dos jornais britânicos de grande circulação de propriedade de Rupert Murdoch que é alvo da ação do membro da família real britânica.
No total, 42 pessoas estão processando o News Group Newspapers (NGN), editora do Sun e do extinto News of the World, por alegações de que seus jornalistas, ou detetives particulares por eles contratados, estiveram envolvidos em atividades ilegais e em invasão de privacidade.
Um julgamento com foco em algumas dessas alegações, possivelmente incluindo a de Harry, deve começar na Suprema Corte de Londres em janeiro de 2025, mas, na quarta-feira (17), o NGN solicitou uma decisão prévia sobre se alguns dos processos haviam sido iniciados fora do prazo de seis anos para ação legal.
Nesta sexta-feira (19), o juiz Timothy Fancourt rejeitou o pedido de um julgamento preliminar, o que significa que as ações prosseguirão conforme o planejado.
Fancourt disse que isso poderia levar a um atraso “insatisfatório” de dois anos e correr o risco de aumentar os custos, destacando que era improvável que o NGN ganhasse um argumento de limitação de tempo em todos os casos.
Em julho passado, Fancourt rejeitou um pedido do grupo para anular a ação judicial de Harry, determinando que o príncipe poderia prosseguir com algumas de suas acusações a respeito de detalhes confidenciais sobre ele terem sido obtidos por meio de fraude, embora suas acusações de interceptação telefônica tenham sido consideradas prescritas.
O ator Hugh Grant também havia obtido permissão semelhante, mas informou na quarta-feira que acabou fazendo acordo com o NGN por uma “enorme soma de dinheiro”.
O advogado de Harry, David Sherborne, ressaltou que o príncipe também pode ser forçado a fazer um acordo, porque qualquer pessoa que rejeite uma oferta de acordo que fosse, em última análise, menor do que os danos concedidos por um tribunal, poderia ser responsável por pagar os honorários advocatícios de ambas as partes, potencialmente chegando a milhões de libras.
Embora o NGN tenha pago centenas de milhões de libras a vítimas de interceptação telefônica pelo News of the World e tenha resolvido mais de 1.300 processos com acordos, ele sempre rejeitou as alegações de qualquer irregularidade por parte da equipe do The Sun.