A irritação da mucosa do trato urinário pode provocar desconforto, como sensação de ardência e dor ao urinar. O problema pode ser causado por infecções, traumas na região, cirurgia e outros procedimentos hospitalares. O medicamento Pyridium é indicado para o alívio desse conjunto de sintomas desagradáveis.
Vale destacar que esta é a sua única função, ou seja, ele não é útil para o tratamento da origem do problema, como uma infecção urinária, que costuma ser administrada com o uso de antibióticos.
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O que é
Pyridium é o nome comercial do medicamento cujo princípio ativo é o cloridrato de fenazopiridina.
Para que serve
O Pyridium é utilizado para o alívio da dor e ardência do trato urinário.
“Situações que fazem uma agressão ao urotélio, que é a mucosa do tecido urinário, levam à inflamação que causa os sintomas incômodos. O medicamento diminui o processo inflamatório. Então, é importante dizer que ele não trata o problema, e sim suas consequências”, pontua Lopes.
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Formas de administração
O medicamento deve ser administrado por via oral, de preferência após as refeições para reduzir o desconforto estomacal. As orientações de uso destacam que a pílula não deve ser partida ou mastigada.
“É uma medicação dada por comprimido, existem algumas doses possíveis. Em geral, precisa ser tomada a cada oito horas, dependendo da intensidade dos sintomas, e idealmente não usar por mais de dois dias. A preocupação é que a medicação mascare um problema mais grave que deveria ser tratado ou comprometa a avaliação se a medicação em uso está fazendo efeito”, destaca o urologista.
Dosagem
A dose recomendada de Pyridium é de 200 miligramas (mg) a cada oito horas, sempre a critério do médico.
- 100 mg – tomar 2 drágeas.
- 200 mg – tomar 1 drágea.
Efeitos adversos
O uso do remédio produz um conjunto de efeitos colaterais. O destaque é a coloração vermelho-alaranjada na urina e nas fezes, que podem manchar as roupas.
“Às vezes, as pessoas confundem e acham que se trata de sangue na urina, mas não é. Esse é o efeito colateral mais comum”, diz Lopes.
A alteração de cor também pode atingir as unhas e lábios, além de fluidos como o esperma. Os eventos dermatológicos incluem ainda erupção na pele, alergia e coceira.
No contexto gastrointestinal, os sinais mais comuns são náusea, vômito e diarreia. Os pacientes podem apresentar ainda dor de cabeça, distúrbios visuais e impactos no funcionamento dos rins e do fígado.
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Contraindicações e observações
O Pyridium é contraindicado em casos de alergia à fenazopiridina ou a qualquer um dos componentes da fórmula. A saber: lactose monoidratada, amido de milho, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, óleo vegetal hidrogenado, acácia, gelatina, sacarose, açúcar de confeiteiro, talco, cera branca de abelha, cera de carnaúba, dióxido de titânio, corante vermelho nº 40 com laca de alumínio, corante azul nº 2 com laca de alumínio.
O fármaco também não deve ser utilizado por pacientes com condições renais ou problemas graves de fígado.
O uso por mulheres grávidas depende de orientação médica. No que diz respeito às crianças, ainda não foram realizados estudos adequados e bem controlados para a faixa etária. Por isso, ele geralmente não é utilizado na população pediátrica.
Para os seguintes grupos, o uso deve ser feito com cautela:
- Idosos: devido ao declínio da função renal pode ser necessário um ajuste de dose
- Diabéticos: a fórmula contém açúcar
- Alérgicos: contém corantes que podem, eventualmente, causar reações
Bula do Pyridium
A utilização de medicamentos deve ser acompanhada da orientação de profissionais de saúde.
A bula do Pyridium é disponibilizada online pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O documento é um instrumento essencial para a utilização correta da medicação, acesse aqui.