A Prefeitura de Campinas (SP) prevê iniciar nesta quinta-feira (11) a aplicação da vacina contra a dengue em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. As doses devem ser recebidas pelo município na terça (9), conforme a programação divulgada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo.
Segundo a administração municipal, os 18.063 imunizantes serão distribuídos nos 68 centros de saúde. Considerando os 19 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) contemplados após a redistribuição feita pelo Ministério da Saúde, serão 52.857 doses enviadas.
Não é preciso realizar agendamento para receber a dose. A prefeitura orienta os moradores e apresentarem documento de identidade com foto e caderneta de vacinação, se houver.
O g1 mostrou que o número de doses enviadas para Campinas é suficiente para 19% do público-alvo. Essa população é estimada em 91,2 mil pessoas na metrópole.
Campinas (SP) contabiliza, até esta segunda-feira (8), 44.044 casos de dengue neste ano, o que, agora, representa a segunda maior epidemia da doença da história da metrópole. Os dados são do painel de arboviroses do município, atualizado em tempo real.
O índice de 2024 superou as 42.405 infecções de 2014 e só está atrás dos números registrados em 2015, quando 65.754 pacientes que se contaminaram. Veja abaixo detalhes.
A metrópole também registrou oito mortes pela doença. As vítimas têm entre 39 e 94 anos. No dia 1º de março, quando tinha 11,1 mil infectados, a prefeitura projetou a possibilidade de atingir um pico histórico de 100 mil casos em até 8 semanas.
Campinas registrou, na semana passada, recorde de infectados por dengue em 7 dias desde o início da série histórica, em 2012. Os dados do painel mostram 6.719 casos confirmados entre 17 e 23 de março de 2024, e outros 355 em investigação.
Os números são referentes a semana epidemiológica (SE) 12 de 2024, e o painel distribui os casos confirmados por data do início dos sintomas.
Para efeito de comparação, o maior número de infectados em uma semana epidemiológica havia sido registrado entre 5 a 11 de abril de 2015 (SE 14), com 6.492 moradores com a doença.
Estatísticas do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) mostram que 80% dos criadouros estão nas residências.
De acordo com o painel, 2,4% dos casos registrados demandaram internações, tanto na rede pública quanto privada da cidade.
Entre os sintomas, febre (95,5%), dor de cabeça (73%) e dores no corpo (70,9%) são as queixas mais comuns de quem testa positivo para a doença na cidade.
O desejo de Campinas (SP) em usar mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia como uma das estratégias de combate contra a dengue não será possível em 2024, e a cidade aguarda sua vez numa espécie de “lista de espera” do Ministério da Saúde. Veja aqui o que é a bactéria.
Ao g1, o Ministério da Saúde confirmou o recebimento do pedido de Campinas, mas destacou que já tem definido os 6 municípios selecionados para 2024, sendo apenas um deles no estado de São Paulo. São eles:
Diante do interesse de Campinas, no entanto, a pasta informou que se compromete a informar sobre a abertura de novas propostas para expansão do método “tão logo a capacidade de produção dos mosquitos seja aumentada e conforme análise de escores classificatórios entre municípios interessados”. Não há prazo definido.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Campinas reforçou o interesse no uso da tecnologia “tão logo ela esteja disponível.”
Campinas aguarda o recebimento de 18,1 mil doses da vacina contra a dengue após uma redistribuição anunciada pelo Ministério da Saúde.
O número é suficiente para atender 19% do público-alvo, que é composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Na metrópole, essa população é estimada em 91,2 mil pessoas.
Depois da capital paulista, a cidade é que vai receber o maior número de imunizantes no estado de São Paulo. Em toda a região, 15 municípios serão contemplados com 45 mil doses.
No início de março, a Prefeitura de Campinas decretou estado de emergência para dengue. A medida permite a adoção de ações necessárias à contenção do aumento de casos com maior flexibilidade, ou seja, sem necessidade de licitação.
Entre as ações, estão direcionamento de recursos financeiros e agilidade na compra de insumos, soro e materiais para nebulização, além de pagamento de horas extras e eventual contratação de efetivo para reforçar a assistência.
Em fevereiro a cidade já havia anunciado mudanças nos protocolos de atendimento. Desde então, a orientação é de que pacientes com febre busquem atendimento no centro de saúde mais próximo.
Antes, a recomendação da prefeitura era que os moradores procurassem atendimento médico quando o paciente apresentasse febre e mais dois sintomas associados, como dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular e dor atrás dos olhos.
Já os pacientes que, além da febre, apresentarem tontura, dor abdominal intensa, vômitos frequentes, suor frio e sangramentos devem recorrer a um pronto-socorro ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Pela primeira vez na história, circulam três sorotipos simultâneos na cidade: 1, 2 e 3. A Secretaria de Saúde destaca que os moradores não devem subestimar os sintomas.
A alta de casos de dengue fez Campinas anunciar, em 21 de março, a ampliação do horário de funcionamento de postos aos finais de semana para atender casos suspeitos de dengue.
🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação. Veja algumas das medidas de prevenção: