Após mais de 13 anos do acidente nuclear ocorrido na usina de Fukushima (Japão), cientistas conseguiram fotografar a área interna da Unidade 1 do reator nuclear, cujos equipamentos derreteram após terremoto e tsunami que abalaram o Japão em 11 de março de 2011.
Segundo a Associated Press (AP), a usina foi explorada por robô-serpente e vários drones em miniatura. No mês passado, já tinham sido divulgadas imagens feitas por drones. A operação da instalação estava a cargo da The Tokyo Electric Power Company (TEPCO), que é quem irá desativá-la.
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Para realizar a desativação de Fukushima, a TEPCO explorou o interior do primeiro reator, peça-chave no acidente nuclear de 2011, o que revelou o conteúdo de seu núcleo e o combustível nuclear derretido.
Com a empresa sabendo mais sobre a situação do combustível já gasto, facilita sua remoção e, consequentemente, concluindo o fechamento da usina.
Primeiras imagens de Fukushima pós-acidente
- As imagens do local mostram estruturas que lembram estalactites de gelo e muito material pendurado nas paredes;
- Os cientistas acreditam tratar-se de combustível ou equipamento derretidos, que, após resfriarem, voltaram ao estado sólido;
- À imprensa, a TEPCO disse ter recolhido informações valiosas do reator, mas não disse quais.
Para conferir mais imagens e explicações da TEPCO acerca dos conteúdos encontrados no reator, acesse este link.
Acidente nuclear
O desastre ambiental inundou os geradores de energia reserva, impedindo que as bombas de água levassem líquido refrigerante para resfriar o núcleo da Unidade 1. A radiação se espalhou por dezenas de quilômetros.
As Unidades 2 e 3 também derreteram, enquanto a Unidade 4 sofreu danos causados por explosão ocorrida na Unidade 3. Serão realizadas limpezas somente nas Unidades 1, 2 e 3, pois a quarta unidade não tinha combustível no reator.
No total, os três primeiros reatores contém cerca de 880 toneladas de combustível derretido, conforme estimativas da TEPCO. Em 2023, a empresa liberou água radioativa residual da usina no mar, o que não foi bem-visto por vários países.
Várias sondas remotas tentaram acessar os destroços, mas quebraram e não retornaram das ruínas do local por conta da alta radiação. Isso fez com que a usina fosse, em 2017, apelidada de “cemitério de robôs”.
A TEPCO estima desativar a usina totalmente entre 30 e 40 anos, prazo este considerado “otimista demais” por especialistas e críticos.