A gestora 4UM, que conquistou a concessão da BR-381 em Minas Gerais, nesta quinta-feira (29), está estudando outros leilões de rodovias, principalmente nos Estados de São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e Paraná, segundo o presidente do grupo, Leonardo Boguszewski.
As construtoras não são diretamente acionistas da concessão, mas a ideia é que façam parte das obras previstas no contrato, “sempre que fizer sentido”, diz o executivo.
Trata-se de um grupo financeiro, mas com DNA de construção, o que deverá ser um diferencial nas concorrências, segundo ele. “Outros players financeiros que não têm o DNA de construção em sua origem podem vir a ter desafios, porque são muitos projetos vindo a caminho, podem ter falta de expertise, mão de obra, desvio das projeções de ‘capex’. Não toleramos esse risco, para ter segurança de o que a gente projeta conversa com a oferta da capacidade do mercado de construção, a gente já tem essas obras pré-alinhadas”, afirmou.
O grupo está estudando o projeto há cerca de dois anos, disse Boguszewski. A decisão de entrar agora se deu pelas mudanças recentes no edital feitas pelo governo federal, em especial o aumento da taxa de retorno e a assunção de riscos geológicos do projeto.
O presidente evita especificar os leilões em estudo, mas diz que estão analisando os projetos federais e que as vantagens competitivas deverão pesar mais nos quatro Estados em que as famílias já atuam, São Paulo, Rio, Minas e Paraná.
O fundo voltado a rodovias já captado pela 4UM tem R$ 800 milhões, porém, há disposição dos sócios em fazer aportes adicionais se necessário. Para os investimentos na concessão conquistada, que deverão somar R$ 6,3 bilhões, a ideia é uma combinação de recursos próprios e financiamento.
Hoje, a gestora tem investimentos de cerca de R$ 1 bilhão, mas focados em ações de empresas listadas.